em Políticas públicas, Qualidade da Água, Recursos Hídricos

Imagem de capa: Sarah Lötscher em Pixabay


Volume morto nada mais é do que a reserva de água mais profunda da represa, que fica abaixo dos canos de captação que normalmente são usados para retirar água da barragem para seu uso. Ou seja,  é o que fica abaixo da captação por gravidade (sem o uso de bombas).O nome, apesar de um pouco assustador, não tem nenhuma conotação relacionada a qualidade da água armazenada nesse trecho. Chamam de “morto” porque, teoricamente, ele não é facilmente acessível ao uso, já que a água não pode ser retirada dele sem a ajuda de bombeamento.

O volume morto é mantido por uma serie de razões técnicas, que passam pela manutenção da vida aquática até garantir um volume mínimo para que possa ser bombeado.

A qualidade da água do volume morto tende a ser pior do que a qualidade do volume útil já que todas as “sujeiras” que sedimentam no reservatório, acabam se acumulando no fundo. Isso ocorre porque o escoamento da água dentro do reservatório de uma barragem tem velocidades muito mais baixas do que o escoamento em um trecho de rio. Com velocidades baixas, a maioria das partículas dissolvidas na água vão ter tempo de afundar e acumular no fundo. Como o volume morto é criado para não ser usado, acaba que nele se acumulam anos de sedimentos que deterioram a qualidade da água nessa faixa do reservatório.

Captação do volume morto por bombemanento na represa dos rios Jaguari e Jacarei em Joanópolis – SP. Fonte: domtotal.com (https://domtotal.com/noticia/1136583/2017/03/mananciais-de-sp-estao-em-nivel-critico/)

Apesar de tender a ter a água com qualidade inferior, a água do volume morto pode ser usada para abastecimento desde que passe por um tratamento adequado antes de ser distribuída. O grande problema de se usar essa água é que estamos queimando o “último cartucho” antes de enfrentarmos a falta d´água completa.

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