Desde que o mundo é mundo os rios são fontes de inspiração para a arte. São inúmeras as pinturas famosas que tem rios como protagonistas. Quem nunca viu um desses quadros?
Não foram poucos os artistas que se deixaram levar pela inspiração dos rios, não apenas na pintura, mas também na música, na poesia. O cantor e compositor Dori Caymmi se inspirou no rio Amazonas para escrever uma música de mesmo nome do rio. Outros compositores, como Paulinho da Viola, Marisa Monte, Seu Jorge, Arnaldo Antunes, Tião Carreiro, Elba Ramalho, também foram inspirados por rios e pela semelhança que eles têm com a vida cotidiana, tanto na sua transitoriedade quanto na caminhada para um desígnio.
O movimento artístico denominado impressionismo teve seu início no quadro de Monet que mostra o reflexo do nascer do sol na foz do rio Sena, obra chamada de “Impressão, nascer do sol”. Monet, Renoir, Sisley, Signac, Seurat, Turner, Pissarro e muitos outros tiveram rios como uma das suas inspirações.
Eu sou fã do impressionismo, mas não foi só neste movimento que rios protagonizaram inúmeras obras de arte. Pintores contemporâneos e tantos outros também se inspiraram em rios.
Quando observamos estes quadros, tão agradáveis, podemos notar que eles retratam rios aparentemente limpos, com as margens vegetadas, muito diferentes de alguns rios que temos no Brasil, como os rios Joana, Maracanã, Tietê, Pinheiros, e tantos outros marcados pela má gestão, consequência de um mau planejamento urbano. A questão do planejamento urbano tem sido bastante abordada neste blog (veja mais em Planejar é preciso… pois viver também é preciso, Planejar mal a cidade é como um Jogo de Azar e Um novo ano).
Falta a quase todos, principalmente aos políticos e administradores, a visão do rio como parte da paisagem. Rios como pinturas da cidade, que possam ser contemplados no dia-a-dia. Muito diferentes daqueles que ao nos aproximarmos desviamos o olhar e tapamos o nariz.
Até a próxima! 🙂
___________
Fonte da imagem de capa: https://upload.wikimedia.org/