Imagem de capa: foto de Nur Andi Ravsanjani Gusma no Pexels
Recentemente, a AquaFluxus foi procurada para desenvolver um estudo de viabilidade de aproveitamento de água de chuva, em um grande empreendimento na cidade do Rio de Janeiro. Os estudos consideraram também a possibilidade de troca de peças hidráulicas para redução do consumo de água, como no texto Economia de Água para Condomínios e Empresas, publicado aqui em 2016.
A avaliação de viabilidade do aproveitamento de água de chuva começa com estudos para análise de viabilidade técnica da implantação do sistema, o qual irá definir o volume máximo necessário para armazenagem da água de chuva. Essa etapa pode ser realizada com adoção de diferentes metodologias de dimensionamento de reservatórios, como o Método de Rippl e o Método da Simulação, adotados nesse estudo da AquaFluxus.
O método de Rippl é o mais utilizado para estimativa de volumes em reservatórios de aproveitamento de águas pluviais. A sua utilização é indicada para estimativa inicial do volume máximo necessário para o reservatório. A partir desse primeiro volume estimado é aplicado o método da Simulação, que permitirá ao projetista realizar uma série de análises do funcionamento do sistema de aproveitamento, como eficiência, confiança e economia de água esperada. Observando tais resultados, é possível variar o volume do reservatório para otimizar sua implantação.
A AquaFluxus elaborou uma planilha eletrônica para aplicação dos métodos em conjunto, possibilitando a avaliação de indicadores de operação do sistema de aproveitamento das águas pluviais pretendido, de acordo com o volume de reservatório adotado, a área de captação da água de chuva e o regime hidrológico. A aplicação da planilha, em uma série histórica de precipitações diárias, resulta nos seguintes indicadores:
- Confiança à relação entre o número de dias em que não há necessidade de suprimento de água por outra fonte que não a água de chuva captada no telhado e o número de dias total da série. Indica, indiretamente, a probabilidade de dias em que haverá compra de água da concessionária. Para uma confiança de 80%, haverá a probabilidade de uso do serviço público de abastecimento em 20% dos dias.
- Eficiência – relação entre o volume de água de chuva não utilizado pelo sistema e o volume de água de chuva captado no telhado. Quanto menor esse número, maior será o volume de água com potencial de uso não aproveitado.
- Economia – volume total de água de chuva aproveitado no empreendimento em toda a série histórica.
- Economia anual – volume médio mensal de água de chuva aproveitado no empreendimento. Resulta do volume total de água aproveitado durante toda a série histórica, dividido pelo número de anos da série.
- Economia na fatura – valor médio em reais de economia mensal, resultante da não compra de água economizada pelo aproveitamento da água de chuva.
Com o resultado da aplicação dos métodos citados, foram criados gráficos para análise dos resultados, como aqui em cima, mostrando o funcionamento do sistema durante toda a série histórica de chuva, nesse caso, de 19 anos. No gráfico, as linhas horizontais mostram as demandas do empreendimento consideradas em cada cenário e as barras verticais indicam a necessidade de suprimento de água de fonte externa, ou seja, indica a falha do sistema de aproveitamento de água de chuva. Pode ser observado que quanto menor a demanda, menor será o número de falha, porém, também será reduzida a economia final de água.
Para ajudar ao empreendedor na tomada de decisão, após as simulações de funcionamento dos cenários, devem ser definidos cenários prioritários para aplicação da avaliação de viabilidade econômica do sistema. Na maioria dos casos, os maiores reservatórios são descartados, por dificuldade de encontrar locais apropriados para sua instalação, assim como seu alto custo de implantação.
O estudo de viabilidade econômica avalia o funcionamento do sistema, dada uma demanda, para diferentes volumes de reservatório. A partir dos resultados das simulações, foram levantados os valores de economia anual no consumo de água potável, os custos de operação e manutenção anual do sistema, o valor do investimento inicial e a vida útil do projeto. Assim, foi elaborado o fluxo de caixa para toda a vida útil do projeto, considerando os custos de implantação do sistema de aproveitamento de água da chuva, as economias geradas e os gastos anuais com a manutenção. A partir de uma Taxa Mínima de Atratividade (TMA) é calculado o Valor Presente Líquido (VPL) e a Taxa Interna de Retorno (TIR).
A aplicação dessa metodologia de avaliação de viabilidade econômica para implantação de um sistema de aproveitamento de água de chuva ao empreendimento mostrou resultados bem atraentes, com VPL acima de R$200.000,00 e e TIR de até 92%. No pior cenário, o sistema se paga em menos de 4 anos.
O estudo de viabilidade econômica possibilita observar qual cenário apresentará os melhores benefícios. No caso do empreendimento analisado pela AquaFluxus, a economia potencial de água gerada pelo sistema de aproveitamento de águas pluviais resulta em uma redução de até R$2.592,07 por mês, que representa 20% da fatura média de conta de água.
O sistema de aproveitamento de água de chuva se mostra muito vantajoso para grandes consumidores de água, como indústrias e grandes estabelecimentos comerciais, lembrando que é crucial a existência de boas áreas de captação, como telhados e coberturas.
Caso tenha interesse em um estudo de viabilidade técnica e econômica para o seu empreendimento, peça um orçamento para a AquaFluxus, clicando aqui: