Imagem de capa: Foto de Tom Fisk no Pexels
Em estudo recentemente realizado pelo IBGE (ler aqui e aqui) foi divulgado que para cada R$ 1 gerado pela economia brasileira, em 2015, foram consumidos, em média, seis litros de água. O setor que consumiu mais por real produzido foi o agronegócio, que demandou 91,58 litros de água para cada Real que produziu. Nas Indústrias de transformação e construção, o consumo proporcional foi de 3,72 litros/R$ e nas Indústrias extrativas, 2,54 litros/R$. Já eletricidade e gás foi de 1,18 litros/R$ e das Demais atividades 0,20 litros/R$.
Segundo o mesmo estudo, dos 6,2 trilhões de m³ de água disponíveis no país em 2015, cerca de 3,2 trilhões de m³ (1 metro cúbico é o equivalente a 1000 litros) foram retirados da natureza para serem usados em alguma atividade econômica. Sendo que o consumo total de água (água utilizada menos a água que retorna para o meio ambiente) foi de 30,6 bilhões de m³. As atividades econômicas que registraram maior consumo foram a Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (com 77,6% do total); indústria de transformação e construção (11,3%); e Água e esgoto (7,4%).
Nesse sentido é importante relembrar a reflexão apresentada no post “Quem tem sede?”, que fala sobre como o consumo familiar é apresentado como o grande vilão responsável pela destruição dos estoques de água do planeta:
(…) no cenário real não é uma população que toma banhos demais ou que lava seus carros com vassoura hidráulica (que causam muitos problemas, devemos ressaltar), mas sim um sistema de produção (que consome muito) (…)”
Uma outra informação importante apresentada pelo IBGE foi que de 2013 para 2015, houve uma queda de 4,3% no uso de água de distribuição das Famílias e um aumento de 8,8% nos gastos (vale lembrar que foram anos de crise hídrica). Em 2015, o uso de água per capita das famílias foi de 108,4 litros/dia e o custo médio de volume de água utilizada foi de R$ 2,35/m³.