A Ponte Rio-Niterói é considerada uma grande economia para a circulação de mercadorias e pessoas pela Baía de Guanabara, pois antes todos precisavam circundar toda a baía para dar continuidade a uma viagem pela costa. Após a construção da ponte, esse caminho diminui de 100km para cerca de 15km, uma redução de 85km. É um atalho maravilhoso, certo?
Agora imagine se você pudesse economizar 12.530km!! Isso sim é um atalho…
Essa redução é resultado da comparação do percurso necessário para se navegar entre as cidades de New York, no Oceano Atlântico, e San Francisco, no Oceano Pacífico, considerando antes e depois da construção do Canal do Panamá.
Foi então que Carlos I, Rei de Espanha e Imperador do Sacro Império Romano (como Carlos V), inicia um movimento para construir uma passagem através do Isthmus. Em 1534, uma campanha foi instaurada para buscar uma rota através do Rio Chagres. Ao final da campanha, foi reconhecido que ninguém seria capaz de executar tal tarefa!
No final do Século XIX, a França começa a estudar alternativas para traçado do canal através da América Central e em 10 de janeiro de 1880 tinha início os trabalhos de escavação do projeto francês. Depois de muitas dificuldades e mortes, estimadas em mais de 22.000 pessoas, os franceses desistem do projeto e em um acordo com os Estados Unidos da América, cedem o projeto aos norte americanos, por US$40.000.000.
Assim como ocorreu com os franceses, muitas mortes aconteceram durante a construção do canal pelos norte americanos. Com um custo total de US$ 375 milhões, a primeira embarcação a atravessar oficialmente o canal foi a SS Ancon, em 15 de agosto de 1914.
O Canal do Panamá tem aproximadamente 80km de extensão, entre os oceanos Atlântico e Pacífico, ultrapassando um desnível de 26 metros, que é o nível do Lago de Gatum. Para vencer esse desnível, as embarcações navegam por três sistemas de eclusas, que funcionam como “elevadores” de barcos.
As eclusas funcionam assim: um navio em um nível inferior entra em um tipo de reservatório que fecha as portas após a entrada da embarcação. Depois, esse reservatório é preenchido com água até que o nível se iguale com o próximo reservatório, quando é aberta uma comporta na frente do navio que avança, repetindo essa operação, dependendo do desnível a ser superado.
As dimensões máximas dos navios que podem atravessar o Canal do Panamá são 32,3m de largura por 294,1m de extensão, dependendo do tipo da embarcação, com um calado de 12,04m.
Essas medidas deram o padrão para a construção dos navios chamados Panamax, que são embarcações dentro desses limites. Porém, com o desenvolvimento da indústria naval, os estaleiros fabricam navios bem maiores que isso, os quais não podem navegar pelo atalho das Américas, conhecidos como pós-Panamax são principalmente transportadores de petróleo, minérios, carvão e grandes navios de contêineres.
Porém, um grande investimento do Panamá está instalando um novo conjunto de comportas, com previsão para ser inaugurado em 2014. Essa obra permitirá que maiores embarcações circulem através do Panamá, aumentando seu rendimento, que chegou a mais de um bilhão de dólares em 2011, de acordo com o site oficial do canal.
Enquanto o pedágio para passar pelo canal pode chegar a algumas centenas de milhares de dólares, em 1928 foi recebida menor taxa de passagem para atravessar o Canal do Panamá. O valor pago foi de US$0,36!! Isso mesmo, 36 centavos de dólar…
Quem pagou esse docinho foi o americano Richard Halliburton, um escritor, aventureiro e viajante que atravessou o canal nadando!
Feliz Natal para todos e que 2013 seja pleno de desafios e conquistas!
O documentário está ótimo, porém, reveja o cálculo de 100-15=75?
Muito obrigado Wilson!! Já corrigi meu grave deslize matemático… rs
Abraço