Quando em um projeto queremos transformar uma chuva em escoamento superficial precisamos determinar as perdas e transformar a chuva bruta em chuva efetiva. Uma das formas mais usuais de se estimar as perdas e transformar a chuva de projeto em chuva efetiva é pelo método do serviço de conservação de solos dos EUA (Soil Conservation Service, EUA) conhecido como Método SCS.
Este método é muito usado no Brasil e no exterior, e tem a vantagem de dispor de grande quantidade de trabalhos relativos ao ajuste de seu principal parâmetro, denominado Curve Number (CN), em função de quatro tipos diferentes de solo e de diversos padrões de ocupação do mesmo. O método também permite a correção do CN de acordo com as condições de umidade do solo anteriores à ocorrência da chuva. A desvantagem deste método também reside na falta de uma base física mais consistente para a representação da infiltração.
O método é de simples aplicação. Primeiro é preciso definir o CN da bacia que é uma função do tipo de solo e da ocupação:
O CN da bacia pode ser estima por uma ponderação dos CNs de diferentes tipos de solos combinados com as diferentes ocupações da Bacia. Uma vez estimado o CN devemos estimar o “armazenamento máximo de água na camada superficial do solo” (S) que vai representar a parte da chuva que fica retida no solo. Para isso usamos a equação abaixo:
Em seguida usamos esse valor para calcular a “lâmina de abstração inicial” (Ia). Para isso usamos a equação abaixo:
Com “S” e “Ia” podemos transforma a chuva bruta de projeto (P) em uma chuva efetiva (Pef):
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Em breve vou publicar no meu blog (www.hidromundo.com.br), uma solução para este método usando VBA/Excel. Parabéns pelo artigo.
Legal Flávio! Aguardamos o post com a solução em VBA.