em Meio Ambiente

Desde meados de dezembro, na região metropolitana do Rio de Janeiro, quase que diariamente, cai uma tempestade no final da tarde. O que não é novidade, pois nessa época do ano as chuvas intensas são comuns. Mas a transformação do dia lindo e ensolarado para uma escuridão repentina e barulhenta tem assustado a população. O aparecimento de nuvens enormes acompanhadas de muitos raios e trovões estão dando incentivo às piadas sobre o fim do mundo.  Esse assunto anda assustando algumas pessoas, portanto vamos entender melhor o que está acontecendo.

Segundo especialista do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a previsão do fim do mundo em 21/12/12 foi originada pela suposição de que o planeta Nibiru, planeta descoberto pelos Sumérios, está vindo em direção ao planeta Terra. Na verdade, essa catástrofe estava prevista para acontecer no ano de 2003, mas como nada ocorreu, pospuseram-na para amanhã.  Escolheram o dia 21/12/12 porque é realmente uma data bastante interessante, pois além de ser o dia do fim do calendário criado pela civilização Maia, é a data próxima ao início da máxima atividade solar. Então, se o clima da Terra já estava meio estranho, imaginem agora com as máximas atividades solares. Bom, se sobrevivermos ao dia de amanhã saberemos se o clima piorou.

Deixando o assunto do fim do mundo para os Astrônomos e Videntes, o objetivo deste post é discutir sobre os assustadores raios e trovões quem vêm junto com as tempestades.

Um raio é um fenômeno da natureza composto por diversas descargas elétricas, que geralmente dura menos de 1 segundo. É oriundo do rápido movimento de elétrons de um lugar para outro. Movimento tão veloz que faz o ar envoltório iluminar-se, resultando em um clarão que pode ser visto a quilômetros de distância. Esse fenômeno é o efeito da grande intensidade de energia que ocorre quando a rigidez dielétrica do ar é quebrada e as descargas elétricas transitam entre as nuvens e o solo.

Quando, muito rapidamente, o raio aquece bruscamente o ar ao seu redor, atingindo temperaturas entre 20.000ºC e 30.000 ºC, há a ocorrência de trovões. Pois o ar, nessa situação, se expande violentamente, gerando uma onda de choque supersônica, chamada de trovão. O barulho produzido pelo raio atinge intensidades entre 50 a 100 Hz. Devido a este som intenso, o ser humano pode ter danos aos ouvidos estando próximo de uma descarga elétrica.

Podemos calcular a distância de um raio da seguinte maneira: A partir do momento que a luminosidade do raio for vista, comece a contar os segundos até ouvir o trovão. Divida esse número por 3 e terá aproximadamente a distância em quilômetros do local onde o raio caiu.

Apesar do desafio de observar um fenômeno tão curto e inesperado, cientistas do INPE criaram uma plataforma com informações detalhadas sobre as atividades elétricas na atmosférica que “envolve” território brasileiro. Esta auxiliará as previsões da incidência de raios em determinadas regiões e a indicação dos locais onde há mais descargas elétricas. O que é ótimo na tomada de decisão e escolha de locais para instalação de determinados empreendimentos, como o de rede transmissora de energia.

Essa ferramenta é atualizada em tempo real, o que possibilita o conhecimento das atividades elétricas de determinadas tempestades.  Então, se amanhã os mapas não apresentarem altos níveis de atividades elétricas podemos ficar tranquilos, porque o mundo não vai acabar devido às destruições causadas por raios.

Bom noite e, se sobrevivermos, até 2013!!!

 

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