em Inundações, Políticas públicas, Recursos Hídricos

Foto de capa: Brisbane City Council, disponível em <https://goo.gl/QxPqfu>

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Como já foi abordado no post “Modelagem Hidrodinâmica da Onda de Cheia Decorrente da Ruptura de Barragem”, uma das primeiras etapas, e também uma das mais importantes, na elaboração de um Plano de Ação de Emergência é entender por onde a onda de cheia decorrente da ruptura de uma barragem irá passar e com qual velocidade. Para essa avaliação o uso de modelagem hidrodinâmica tem se tornado cada vez mais importante, com a modelagem hidrodinâmica é possível, com razoável economia de gastos,  elaborar os mapas de inundação contendo as profundidades de alagamento, velocidades do escoamento, os tempos de permanência e de chegada da onda em cada ponto das áreas atingidas.

Com isso a avaliação dos resultados dos modelos a serem empregados nesses tipos de estudos tem se tornado uma preocupação das agências reguladoras ao redor do mundo.  A Agência de Meio Ambiente Britânica, por exemplo, tem publicado, nos últimos anos, uma compilação com diferentes modelos de escoamento submetidos a 8 tipos de situações. Esses testes servem de pré-requisito para a contratação de projetos e estudos com o uso de modelos de escoamento pela agência.

Entre os testes, há um que consiste na simulação de uma onda de cheia em um vale bem encaixado, após a ruptura de uma barragem, onde é apresentado o hidrograma proveniente da ruptura de uma barragem e a topografia de um vale por onde ocorre a passagem deste hidrograma. O objetivo do teste é avaliar a capacidade do modelo em simular o escoamento de uma grande onda de cheia ao longo de um vale encaixado e prever o risco de inundação decorrente de falha de uma represa (pico, velocidades e tempos de viagem).

Hidrograma proveniente da ruptura. Fonte: Environment Agency, 2010.

 

Mapa e Perfil do vale usado no Teste, com a entrada na linha vermelha e 7 pontos de saída. Fonte: Environment Agency, 2010.

Dentro deste contexto a Aquafluxus e o Laboratório de Hidráulica Computacional da COPPE/UFRJ apoiaram a avaliação do modelo hidrodinâmico Quasi-2D MODCEL, modelo usado aqui na AquaFluxus no desenvolvimento de projetos, para testar sua capacidade de simular esse tipo de propagação de onda de cheia. Com esse teste foi possível averiguar a capacidade desse tipo de modelagem de prever os níveis e velocidades para as condições impostas pela Agência Ambiental Britânica.

Resultados do MODCEL no ponto de controle 1 em comparação à modelos comerciais já consagrados.

 

Resultados do MODCEL no ponto de controle 3 em comparação à modelos comerciais já consagrados.

 

Animação da onda de cheia passando ao longo do vale.

 

Com esses resultado foi demonstrado que o modelo MODCEL está apto a representar a propagação de uma onda de cheia proveniente da ruptura de uma barragem. Se tiver interesse em cotar esse serviço, é só entrar em contato conosco.

 

 

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