Depois de muita expectativa para o que poderia dar errado, de polemicas sobre a qualidade da água para as provas de vela, remo e canoagem e criticas ambientais por retirar um trecho de reserva para construção de um campo de golfe. Os jogos Olímpicos do Rio de Janeiro terminaram com razoável sucesso e é chegada a hora de avaliar o legado que as Olimpíadas deixaram para a cidade. As metas ambientais eram ambiciosas, despoluir a Baía de Guanabara, sanear e recuperar a bacia de Jacarepaguá, instalar Unidades de Tratamento de Rios em curso d’água que desembocam na região do Parque Olímpico, etc.
De todas as metas a mais ambiciosa e provavelmente a mais importante, despoluir a Baía de Guanabara, não chegou perto de atingir sucesso. O objetivo era que 80% do esgoto que é despejado no local fosse tratado. O governo do estado afirma que o saneamento na área passou de 12% em 2005 para 50% atualmente, índice que pose ser considerado bastante otimista.
A limpeza das lagoas de Jacarepaguá e a instalação de UTRs (unidades de tratamento de rios) em cursos d’água da região do Parque Olímpico também não saíram do papel, atrasos e problemas de licitação dificultaram os avanços dos projetos.
A expansão do saneamento na zona oeste da cidade é provavelmente a única meta que está sendo implementada conforme o projetado.
Em entrevista ao UOL o biólogo Mario Moscatelli fala sobre o legado ambiental dos jogos: “Nada de estrutural foi feito”; “Há iniciativas pequenas e pontuais. Mas, levando em consideração o que foi prometido, trocamos um Porsche V8 por uma Fusca 67.” Para falar mais sobre o assunto o Biólogo realizara hoje uma palestra gratuita no Teatro R. Magalhães Jr., na Avenida Presidente Wilson 203, às 17 horas, intitulada “Legados olímpicos ambientais: promessa e realidade“
A poluição na Baía de Guanabara já foi um tena abordado em alguns textos desse blog. Vale a leitura. Seguem os links abaixo:
Na Semana Do Meio Ambiente, A Baía De Guanabara Volta À Pauta.
Despoluição da Baía da Guanabara: Será que agora sai?