Foto de capa: https://gshow.globo.com/programas/domingao-do-faustao/programa/platb/2011/01/reveja-o-rio-que-pega-fogo-no-domingao-aventura/
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Essa semana o jornal da Band noticiou algo inusitado. O rio Calombé, afluente do rio Iguaçu, que corta o município de Duque de Caxias pegou fogo. Você deve achar estranho, mas veja a notícia aqui :
Acontece que o rio Calombé passa pela região próxima da Refinaria de Duque de Caxias – Reduc, umas das maiores refinarias da Petrobrás. A Reduc atrai para seu entorno uma série de empresas que refinam e distribuem a produção da Reduc. Algumas dessas empresas estão nas margens do rio Calombé e pelo ocorrido, podemos concluir que, pelo menos de vez em quando, lançam seus efluentes industriais (refugos do refino do petróleo) direto no leito do rio, sem tratamento nenhum.
A poluição industrial, lançamento de poluentes industriais em rios, é mais comum do que imaginamos. Apesar do Brasil ter uma legislação razoavelmente severa, a fiscalização ainda deixa muito a desejar .
O caso do rio Calombé é emblemático, já que suas consequências se traduziram em uma imagem quase que apocalíptica de um rio pegando fogo, mas os desjeitos industriais geralmente passam despercebido e carregam para os rios poluentes químicos perigosos (metais pesados, etc…), que normalmente não estão presentes em quantidades significativas nos esgotos domésticos (basicamente constituídos de matéria orgânica).
Depois de um rio pegando fogo, só falta encontrarmos um peixe mutante com 3 olhos, como o que habita o rio de Springfield, poluído pela Usina Nuclear da cidade…
Na teoria, o atual Código Florestal Brasileiro é lindo. Mas a prática são até piores do que a Mudança propõe! Falta muuuuito para que haja seriedade nesse país!!
O Brasil tem uma lei razoavelmente severa para tudo. O problema é o abismo entre a lei (teoria) e a atuação/fiscalização (pratica). E quando é aplicada, geralmente é regida segundo interesse de elites. É capaz até de algum morador ali ser preso se for pego tirando areia do rio ou cortando uma árvore… Ou seja, vale apenas para os “Zés” e nunca para os “Dotores”
PS Imagina o COMPERJ…
Fala Rodrigo! O problema no Brasil (e praticamente no mundo todo) é que as leis são como teias de aranha, onde uma mosquinha fica pressa mas um elefante passa direto. Mudar isso vai requerer boa vontade e esforço de algumas gerações…
Grande Abraço!