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Quem já visitou Roma, capital da Itália, certamente se encantou com as belezas do Coliseu, do Fórum Romano e do Palatino, dentre tantas e tantas outras obras históricas que não teria nem espaço aqui para citar. Só o Coliseu, por exemplo, possui cerca de 2.000 anos e ainda está de pé! Por trás disso tudo estavam grandes engenheiros…

O Coliseu (também chamado Anfiteatro Flávio) foi construído no período da Roma Antiga e era usado para espetáculos

Você deve estar se perguntando como a Engenharia conseguiu, naquela época, colocar de pé tamanha construção, não é mesmo? Mas os romanos fizeram muito mais!!!

A engenharia romana possui destaque tanto no quesito edificações e monumentos, quanto na questão básica do provimento de infraestrutura. As estradas e os aquedutos romanos foram pilares de seu crescimento e muitos se encontram operacionais ainda hoje. No post Lapa – Matando as sede dos cariocas nós falamos um pouco dos aquedutos ao redor do mundo e da importância de Roma na sua criação e propagação para outros lugares.

No século IV d.C. Roma possuía mais de 1 milhão de habitantes, 19 aquedutos capazes de abastecer a cidade com 1 milhão de m³/dia, sistema de esgotos dinâmicos, ruas pavimentadas, mais de 45.000 prédios de apartamentos, alguns de até 8 andares, 80 palácios, era protegida por muralhas, além de ter uma série de termas, teatros, anfiteatros, templos, entre outras construções monumentais.

Alguma semelhança com a cidade onde você mora hoje, em 2013? Ih…Acho que precisamos aprender muito com os antigos romanos…

E os caras não pararam por aí. Eles também introduziram avanços significativos nos projetos de drenagem urbana.

As preocupação com as inundações urbanas e a necessidade de drenagem de terras baixas foram muito importantes para a cidade de Roma, que surgiu às margens do Rio Tibre, em uma região de charco. Para atender às necessidades de drenagem urbana, uma complexa rede de canais abertos, aterros e tubulações subterrâneas foi construída. Este sistema também foi utilizado para transportar os esgotos das áreas de moradia das pessoas.

Na cidade romana de Pompéia, na Itália, que acabou preservada em grande parte sob as cinzas do Vesúvio, podem-se ver ainda ruas que funcionavam também como escoadouro para as águas pluviais, sendo a passagem de pedestres preservada por blocos alteados na travessia das ruas, sem interromper a possibilidade de circulação das carroças.

Rua de Pompéia, na Itália, com função de circulação e condução de águas pluviais sem atrapalhar a passagem das carroças da época.

Também em Pompeia foram encontradas estruturas de coleta de água de chuva, os chamados complúvios, receptáculos em forma de pequenos lagos que recebiam água de uma abertura nos telhados das salas. Eles já faziam aproveitamento de água de chuva naquela época!!!!

Casa de Pompéia, com abertura no telhado e coleta de água de chuva em complúvios, para posterior aproveitamento

Pelo que vimos aqui, usamos ainda hoje muito do que foi criado pelos romanos. Muitas vezes, inclusive, damos passos para trás em relação ao que eles já faziam há tanto tempo atrás.

O slogan “Roma, cidade eterna”, amplamente divulgado no meio turístico, vale também para as obras de engenharia.

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Fonte da imagem de capa: https://assetsnffrgf-a.akamaihd.net/

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Mostrando 2 comentários
  • Jean Ricardo
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    Muito bom texto. É sempre bom lembrar que a engenharia do futuro tem muito a aprender com as civilizações antigas.

    • Aline Veról
      Responder

      Oi Jean, obrigada pelo seu comentário. Você tem toda a razão: temos muito o que aprender com a engenharia do passado. Obrigada pela sua visita. Um grande abraço, Aline.

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