em Economia de água

No post Escassez e Perda de Água: Situações que não combinam a Luiza apresentou o resultado do Estudo do Instituto Trata Brasil, que mostrou que as perdas de água nos sistemas de abastecimento, na maioria das cidades brasileiras, variam entre 30% e 60%. Enquanto no Brasil há enormes perdas de água tratada, devido à ineficácia do sistema de abastecimento, a capital do Japão, Tóquio, praticamente não perde água. Há cerca de uma década a cidade tem mostrado como ser eficiente na contenção das perdas.

O Sistema de abastecimento de água de Tóquio serve cerca de 5 milhões de m³ de água todos os dias para 12 milhões de cidadãos. A água é captada de quatro rios Tone, Ara, Tama e Sagami, que deságuam na Região Metropolitana. O comprimento total dos tubos de distribuição da rede de abastecimento é de cerca de 26.000 km.

Tóquio possui um dos sistemas de água mais eficientes do mundo. Nos últimos dez anos a cidade reduziu suas perdas pela metade, de 150 milhões para 68 milhões de m³, a partir do seu método de detecção e reparação de vazamentos. O principal objetivo do projeto de Tóquio é conduzir os recursos hídricos de forma mais eficiente, realizando, ao máximo, prevenção e reparação no início do vazamento, buscando a maior eficiência possível. As perdas, que antes eram de 20%, hoje não passam de 3%. Em comparação com outras grandes cidades do mundo, aonde a média de perdas chega a 30%, a taxa de vazamento do Tóquio é muito menor, apesar do comprimento extensivo de tubos.

O controle de vazamento de água é um dos aspectos mais cruciais do sistema de Tóquio. Lá todo o trabalho de reparação dos vazamentos ocorre no mesmo dia. Os esforços são feitos para realizar a identificação precoce e reparação de vazamentos subterrâneos, e isto foi alcançado através da substituição das tubulações e melhoria dos materiais usados na canalização. As medidas que o Departamento de água da cidade tomou incluem:

  • Controle e identificação de vazamento subterrâneo – a quantidade de vazamento potencial é estimada usando a medição de vazão mínima noturna; escapes são detectados utilizando detectores de vazamento eletrônicos.
  • Controle de vazamento preventivo, incluindo a substituição de tubos e melhoria dos materiais de tubulação.
  • A substituição de tubulações antigas por tubos de ferro fundido dúctil, que são mais resistentes. Praticamente 98% das tubulações já foram substituídas.
  • Monitoramento dos alimentadores prediais – estes representam 97% do número total de reparos de vazamento, portanto a prevenção das perdas é essencial.
  • Centro de Formação e Desenvolvimento Técnico – este centro recém-criado é sobre como reduzir as perdas através de pesquisa e desenvolvimento.
  • Sistema computadorizado – este calcula e reúne toda a informação sobre vazamentos no computador, como as causas, os detalhes de cada trabalho de reparo, o custo para reparos.

O modelo de abastecimento de Tóquio é seguido em vários países no mundo. Para saber mais leia Tokyo, World Leader in Stopping Water Leakage.

E para ler mais sobre as perdas no Brasil leia:

Eficiência hídrica e energética em sistemas de abastecimento de água 

De quem é a culpa da falta de água?

Até o próximo!!

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Comentários
  • Adalto arcelino Barbosa
    Responder

    Muito importante achei fantastico.como seria bom o brasil copiar essa coisa organizada..br

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