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Olá pessoal! Em um post recente, falamos dos Manuais de Requalificação Fluvial do Brasil. Se você ainda não leu, clique aqui. Hoje vamos apresentar outros manuais, conhecidos internacionalmente, e que servem como referência para projetos em diversos países, inclusive no Brasil.

O manual publicado pelo governo australiano no ano 2000, intitulado “A Rehabilitation Manual for Australian Streams” pode ser acessado gratuitamente. Os principais objetivos desse manual são:

  • equipar gestores com algumas ferramentas, ideias e habilidades requeridas para melhorar as condições físicas e biológicas dos rios;
  • encorajar a reabilitação de flora e fauna nativas, funcionando como um ecossistema sustentável;
  • encorajar a proteção de rios saudáveis, e retornar o máximo possível os valores originais aos rios danificados, dentro das limitações devido aos outros usos do rio.

Já na Espanha, foi publicado em 2007, pelo Ministério do Meio Ambiente, o manual intitulado “Restauración de Ríos: Guía Metodológica para la Elaboración de Proyectos“. Este manual é um documento de referência que vem sendo utilizado como guia de projetos de restauração fluvial para atender à legislação europeia “Diretiva Marco da Água”, publicada em 2000, e que estabelece que até o ano de 2015 os rios europeus deverão estar em bom estado ecológico. Este manual é vendido e seu custo é de cerca de 50 euros.

Seus principais objetivos são:

  • Disponibilizar um documento com base científica que ajude a gestão e restauração de rios.
  •  Oferecer princípios e metodologias para caracterização e avaliação das condições hidromorfológicas dos rios.
  •  Unificar critérios de atuação e estabelecer pautas metodológicas para a gestão dos projetos, integrando a participação dos cidadãos.
  •  Transmitir interesse pelo estudo e conservação dos rios e contribuir com o aproveitamento sustentável dos recursos naturais que oferecem.

Na Itália, o Centro Italiano para a Requalificação Fluvial (CIRF) publicou, em 2006, um manual, intitulado “La Riqualificazione Fluviale in Italia: Linee Guida, strumenti ed esperienze per gestire i corsi d’acqua e il territorio”, com o qual pretende apresentar uma posição inovadora em relação não só às técnicas, mas também às estratégias adotadas para a requalificação de um rio. Pretende, também, apresentar diretrizes operacionais, destinadas especialmente àqueles que têm o poder de decisão, para que abordem uma ação técnica integrada. O Manual, com mais de 800 páginas, é gratuito para quem é associado da instituição.

O Centro para Restauração de Rios (RRC), no Reino Unido, publicou em 2002 o manual intitulado “Manual of River Restoration Techniques“. O manual apresenta técnicas para a requalificação de rios, divididas em 11 partes separadas do manual. O manual pode ser comprado por 40 libras ou, então, consultado em baixa definição no próprio site do RRC.

Por fim, deixo aqui, para aqueles que gostam de novidades, a dica de uma publicação que acaba de sair do forno: o “Rivers by Design“, fruto do projeto RESTORE, que é uma parceria para a difusão de conhecimentos e promoção das melhores práticas de requalificação fluvial na Europa. É um projeto financiado pelo LIFE+funding, da Comunidade Europeia, e que trabalha em conjunto com o Centro Europeu para a Requalificação de Rios (ECRR). Esse guia é bastante prático e conta com muitas ilustrações. Seu objetivo é ser um guia gestores e todos os envolvidos em projetos de requalificação fluvial, além de ser muito acessível aos leigos no assunto. O download é gratuito e está disponível no site do próprio RESTORE.

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Fonte da imagem de capa: https://media.licdn.com/

 

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Mostrando 2 comentários
  • Ricardo Castro Nunes de Oliveira
    Responder

    Aline, os manuais da Espanha, Itália e Austrália eu já li e recomendo. Os outros dois “Manual of River Restoration techniques“ e “Rivers by Design“ ainda não conhecia. Agradeço a dica e vou adicionar os dois nas minhas prioridades de leitura.
    Abraço,
    Ricardo.

    • Aline Veról
      Responder

      Oi Ricardo, que bom que estamos contribuindo. Obrigada por visitar o blog Cidade das Águas.

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