em Meio Ambiente, Não categorizado, Recursos Hídricos

Foto de capa: Foto de Pixabay no Pexels

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Em posts anteriores, falamos das Paisagens Multifuncionais, Desenvolvimento de Baixo Impacto, Cidades Sustentáveis. Em todos esses posts nos deparamos com técnicas que compensam os efeitos da urbanização sobre o ciclo hidrológico (as chamadas técnicas compensatórias), dentre elas: reservatórios de detenção, de retenção, jardins de chuva, trincheiras de infiltração, etc. No entanto, apenas o cálculo do volume de um reservatório de detenção não o torna viável dentro de um contexto urbanístico. Uma obra deste tipo precisa estar integrada à paisagem que a cerca. E é na necessidade de integração entre as diversas áreas do conhecimento que eu quero chegar.

A proposta de desenvolvimento de soluções de drenagem sustentável deve integrar todas as áreas de saneamento, em arranjos articulados com a paisagem urbana, em uma abordagem que estabeleça relações sistêmicas e multidisciplinares, visando integrar a engenharia, o urbanismo e o paisagismo.

A imagem publicada a seguir, extraída do trabalho de IC dos alunos Isabella Adauto Costa, Mariana Bressan eVinicius Furtado, do curso de Arquitetura e Urbanismo, da FAU/UFRJ, demonstra bem este ponto.

Reservatório de detenção integrado à paisagem

Não é muito mais agradável olhar e conviver com esta paisagem do que com estruturas áridas, elaboradas em concreto, ainda que saibamos que tais estruturas foram projetadas com a função de acumular água de chuva, retardando a chegada do escoamento na rede de águas pluviais (muitos dos “piscinões” que conhecemos…)? Conscientemente sabemos de sua importância, mas gostaríamos que o resultado fosse bonito e agradável também.

Essa é a beleza da multidisciplinaridade, em que uma área do conhecimento complementa a outra, e todos chegam a resultados muito mais eficientes, em função da colaboração existente. A Engenharia sozinha não obterá, jamais, os resultados que, em conjunto com o Urbanismo, poderá obter. Do mesmo modo, o Paisagismo também se integra a este grupo, complementarmente.

Afinal de contas, já dizia o velho ditado: “Uma andorinha só não faz verão”.

 

 

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