Quando são realizados estudos hidrológicos são necessários, além do conhecimento das chuvas máximas observadas nas séries históricas, a previsão de precipitações máximas que possam vir a ocorrer com determinada frequência. Esta previsão pode ser obtida a partir da análise das observações das chuvas intensas durante um período de tempo suficientemente longo e representativo dos eventos extremos que ocorreram naquela região.
O primeiro passo é a coleta de um histórico de dados de chuvas através de um posto pluviométrico. Com algumas décadas de dados de chuvas coletados já é possível se fazer uma estatística para ser utilizada em projetos e estudos hidrológicos.
POSTO PLUVIOMÉTRICO
Uma vez com uma serie de dados de chuva faz-se necessário conhecer a relação entre as quatro características fundamentais da chuva: intensidade, duração, frequência e distribuição.
- Distribuição: Para fazer a analise da distribuição da chuva em uma região é necessário a análise dos dados de diversos postos pluviométricos;
- Variação da intensidade com a duração: Quanto menor a duração considerada, maior a intensidade média.
- Variação da intensidade com a frequência: Quanto mais intensa a chuva, menor a frequência (maior período de retorno).
Para compreender a distribuição da chuva precisamos dos dados de mais de um posto pluviométrico, mas podemos relacionar a intensidade, duração e frequência das chuvas medidas em um mesmo posto. Essa relação é representada pela equação conhecida como IDF (Intensidade Duração e Frequência). No geral uma equação IDF Te a seguinte cara:
onde:
i é a intensidade;
t é a duração; e
T é o período de retorno.
e a, b, c e d são os parâmetros empíricos, que variam de local para cada posto.
Um estudo famoso e bastante aceito no Brasil lista as equações IDFs de quase 100 postos pluviográficos ao redor do Brasil. O livro “Chuvas Intensas no Brasil”, de Otto Pfafstetter, foi publicado em 1958 e até hoje nenhum estudo conseguiu desbancar essa publicação. Infelizmente o livro está esgotado há anos…
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