Rio Tâmisa – Um exemplo de trabalho duro e continuo de despoluição.

Enquanto São Paulo e Rio de Janeiro tentam despoluir o rio Tiete e a baía de Guanabara, outras cidades ao redor do mundo já deram exemplos de como o processo deve ser continuo e de longo prazo. Um exemplo disso é o rio Tâmisa, que corta a cidade de Londres.

Photo by Lucia Hatalova on Unsplash.

No verão de 1858 o mau cheiro do Tâmisa ficou tão insuportável que algumas seções do parlamento britânico, que está localizado as margens do rio, foram canceladas. O episódio que ficou conhecido como ‘Grande Fedor‘ resultou nos primeiros investimentos em despoluição do rio com a criação das primeiras estações de tratamento de esgoto de Londres.

Cartoon by John Leech in Punch, 21 July 1855. Crédito: © Mary Evans Picture Library

Em 1878 o navio a vapor Princess Alice naufragou na região leste da Grande Londres. Acredita-se que a principal causa da morte de 600 passageiros desse naufrágio foi suas exposições às águas extremamente poluídas do Tâmisa,  enquanto nadavam para alcançar suas margens.

Cento e vinte um anos depois das primeiras estações de tratamento de esgoto serem implantadas ao longo do Rio Tâmisa, o salmão, espécie de peixe que é sensível à poluição, foi reintroduzido novamente no rio. Foram escolhidos peixes ainda jovens para que fossem por instinto até ao mar e voltassem ao rio naturalmente na época da reprodução. No inicio do século XXI o Salmão parecia ter voltado a habitar o rio, no entanto em 2006 a espécie voltou a sumir, e os esforços para manter o rio limpo foram reforçados.

A Thames 21, uma ONG que ajuda na limpeza do Tâmisa,  afirma que, todo ano, cerca de mil toneladas de lixo são retiradas  desse rio, de seus tributários e da rede de canais que corta a cidade.

Como vemos no vídeo acima hoje é possível encontrar com uma foca passeando em um passei as margens do rio Tâmisa.